A escola. Dilemas e mais dilemas rondam a instituição que tem a função de formar boas pessoas. Entretanto como eu, defensora do o pensamento relativo das coisas mundanas, vivo a me perguntar: O que são pessoas boas? Isso é tão relativo quanto à pergunta feita por aqueles caros honoráveis filósofos: "O que é verdade?" e desde aí - e Einstein, não podemos esquecer, é claro - caiu no gosto popular o termo "É relativo!"
Ah, a escola. Pelo dicionário a definição é: s.f Estabelecimento de ensino; colégio; ginásio; liceu; educandário; instituto; corrente literária, cientifica, filosófica e artística.
Sua importância na sociedade: Passar os alunos cada vez mais de anos em anos - nas escolas públicas. Entupir alunos de fórmulas e rigidez - particulares.
Tenho que expressar, não sou o tipo revolucionária que irei criticar as escolas como instituto e sim o que elas fazem com as crianças. Já dizia Pink Floyd "Hey teachers! Leave them kids alone" (Ei professores, deixem os alunos em paz) e como continuação dessa mesma música, tenho milhares de coisas a falar sobre a Escola Brasileira.
"Colocar informações na minha cabeça é diferente de processá-las. Não quero e não vou deglutir algo que não entendo." Sabemos que a escola tem como primeiro projeto formar cidadãos, de preferência não robotizados. Entretanto não acho que seja realmente isso que ela esteja fazendo conosco. Primeiramente instala-se uma padronagem e com isso vai gerando pressão em cada aluno - até mesmo aqueles que se recusam a ser bons alunos. Esta padronagem por sua vez, exige que todas as pessoas tenham o mesmo tipo de aprendizado e isso na maioria das vezes é impossível. Somos seres individuais, temos nossos próprios gostos e aptidões, pelo menos nesta década e neste dia em que escrevo este texto.
Aprender não é só colocar matérias na lousa e explicá-las. O aluno tem que aprender a debatê-las, saber exatamente porque está ali aprendendo tal coisa, caso contrário não deveria ser obrigado a assistir aula. Sei que não somos, porém alguém sempre fala “E o dinheiro que seus pais estão investindo aqui?” ou “ O que você será da vida sem saber das coisas?". Acumular informações não é melhor aprendizagem, assim como a repetição, copia e racionalização. (Eu, Juliana sou totalmente a favor da teoria crítica [Escola de Frankfurt]).
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"Corrente literária, cientifica, filosófica e artística". A palavra corrente - não usada no sentido denotativo, por favor - nos remete a canal, onde a Escola deveria ser nossa fonte aonde devemos matar nossa sede. Sanar todas as dúvidas, sobre tudo. Das perguntas mais tolas, até mais complexas. Em outras palavras, a Escola deveria ser o Google da minha vida e ultimamente não está sendo. De conhecimento minha mente está lotada, mas e a prática onde fica? Os alunos na rede pública do Brasil, não são reprovados até entrar no Ensino Médio. O QUE É ISSO SENHOR? O único lado bom que entendo disso é que ele (aluno) aprendeu somente o que realmente quis. Mas e o sanar de dúvidas? ES-QUE-CI-DO. Outro fator que não adere a corrente cientifica, filosófica, literária e artística é esse lado técnico/exatos que existe nas instituições. A formação de um caráter pelo lado humano é esquecido - pois o objetivo final é passar no Vestibular. Onde meu caráter fica? Estudo para formá-lo também, em especial tenho alimentado muito mais do que as fórmulas que talvez nem tenha tanto valor em minha vida.
A relatividade está peculiarmente na escolha do aluno, dos seres humanos. Dão-nos algumas liberdades e nos tomam o pensamento, assim não adianta seremos orientados a pensar e a criticar, pois o controle e racionalização ainda tomam conta dos homens. Observem nas escolas, os alunos chegam e tocam um sinal para que subam cada um para suas salas e depois toca vários sinais para que professores entrem nas salas, depois sinal mostra o horário exato em que temos que ter fome e por este mesmo sinal voltamos aos mesmos lugares. Agora observe os bois encaminhados para o abate, um sinal toca para que se dirijam a pequenos espaços compartilhado com vários outros, depois vários "cuidadores" ficam por perto para inspecionar o "trabalho", mais tarde é aberto para que comam e façam a engorda para depois matarem. Alguma semelhança? Ao final, são as nossas mentes que ficaram por ali, ensanguentadas e viveremos robotizados.
"Um mestre que ensina na sua escola trinta ou quarenta crianças consegue fazer de todas elas pessoas capazes de pensar? Não. Por isso considero as escolas instituições perniciosas." Multatuli