sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Belo Monte de Aristocratas - Vídeo

Belo Monte de Aristocratas


A Expedição Roncador-Xingu. Os irmãos Vilas-Boas. Respeito pelas tribos indígenas. Identidade brasileira. Parece tudo esvaírem-se quando citamos o projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Já tinha passado da hora, estavam no limite de segurar a venda da Amazônia. Querem testar o risco para um agora e não para um "ar que possamos respirar".

Vila-Boas e os índios Xingus
A Marcha para o Oeste do Brasil começou tarde, na época em que Getúlio Vargas matava pessoas e levava o Brasil para sua industrialização, o Oeste foi redescoberto. E foram os irmãos Vilas-Boas quem contaram uma história emocionante, a qual os índios do Xingu e do resto do Brasil, tornaram nossos resquícios mais preciosos de antes da colonização. Deve não ser novidade alguma que os donos destas terras são aqueles em que o acalento das noites quentes do sertão nortista/nordestino cobriu; e que os calores abaixo dos trópicos queimaram-lhes a pele; e os fez tão da cor do Brasil miscigenado; e os fez a maior parte da história, os primeiros e os provenientes de uma civilização. Agradeço por essa Marcha tão tardia, porque talvez minha geração não soubesse de suas lendas, não conseguiram ver as plumagens, danças e o método de vida adotado por eles. E vamos fazer o quê? Alagar suas casas. Suas terras - nossas terras. Matarmos um pedaço da história com água para uso energético. USO ENERGÉTICO QUE OS INDIOS NÃO SABEM E NÃO IRÃO DESFRUTAR.

Concreto. Congresso. Com-gesso. Milhares de empregos serão gerados. Hectares completos serão barragens. A festa do dinheiro extorquido irá acontecer. Mas os milhares de empregos serão da população qualificada que ganharão salários incalculáveis - como o dinheiro investido na Usina. E mais ainda, dos inúmeros recém formados Engenheiros do Sul e Sudeste do país. O discurso de que irá ter melhores possibilidades de trabalho, maior salário e condições trabalhistas para as classes menos favorecidas podem estar firmados pelo Governo. Entretanto a realidade se mostra diferente nos canteiros de obras por todo país. Existe incentivo para a migração desses trabalhadores, em maioria proveniente do nordeste brasileiro, e há o descaso com as condições de moradia, alimentação e até segurança do trabalhador - que está garantida por lei, como foi mostrando no programa A Liga da emissora Band exibida no 16/08/2011.

Belo Monte está estrategicamente localizada longe dos olhos da população facilitando com que os grandes administradores façam o que desejarem. Coíbe a população de questionamentos e podem até dobrar a área de alagamento, pois a fiscalização no meio da floresta não é eficaz. Belo Monte marca um retrocesso-avanço, o qual é garantido pelo fracasso do novo Código Florestal. A polêmica do Código pode ter aparecido meio escondida no meio deste ano, mas faz todo o sentido ao ligarmos diretamente a construção da Usina no meio da mata mais cobiçada do mundo. Tal código protege o agronegócio (e não a natureza) que será abastecido pela energia gerada em Belo Monte. Agora é só ligar os pontos. O avanço fica por conta do título de segunda maior hidrelétrica brasileira e também uma vitrine para os países com poucos recursos energéticos renováveis. A tendência para os próximos anos, com essa proteção do agronegócio é a expansão da Zona Franca de Manaus e a transformação das florestas em pasto bovino e produção de soja. O que deveria ser exposto poderia ser um tanto quanto melhor. Como um país preocupado em manter em seu solo a gama de animais, cultura e história, intacta. Porém a diferença está entre a ganância do desenvolvimento passando por cima de tudo e o respeito com uma população escravizada e marginalizada historicamente por muitas décadas.

Assim como o Rio São Francisco tem suas cheias e suas secas e a criação de canais de irrigação poderia castigá-lo; Xingu também não é dos mais estáveis. Ao localizar-se em uma região tropical, a chuva é garantia o ano todo, certo? Errado. A criação de Belo Monte seria de um rio a fio, ou seja, dependeria das temporadas de seca e cheia. O volume de água seria totalmente da usina, deixando a população ribeirinha e indígena em grande alerta de seca.

Há certa felicidade ao saber que a "Justiça Federal do Pará paralisa parcialmente obras da hidrelétrica de Belo Monte" (noticiada no dia 30/09/2011). E ficamos contentes de saber que ainda pode ser feito algo. Mas por outro lado, as coisas podem piorar. Milhares de pessoas mudando-se e a seca de uma das regiões mais preciosas e ricas em fauna, flora e cultura nacional. Todas as camadas populares sofrerão direta ou indiretamente com a construção de Belo Monte, mas entre eles destacam-se os aristocratas, que sofrerão com milhares de reais brasileiros contados nas Antilhas e com seus tubos de oxigênio revestidos de ouro.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Heterhomem - Homogay

Enquanto a manifestação contra homofobia no País e fora dele sempre tem público para aplaudir; a onda de conceitos errôneos e preconceitos atingem também picos. Não é culpa de uma pessoa, mas da sociedade que molda o homem. Ao assistir ao discurso da deputada Myrian Rios, percebi o quanto a comunidade, a igreja e o Governo se coloca a resolver assuntos sociais.




O homossexualismo é uma questão social de suma importância para todos os países. Um dos fatores dos quais me sinto mais envergonhada, é a fusão entre questão social e religiosa. Como já diria Marx: "A religião é o ópio do povo" e esta citação vem-se fazendo presente ao logo da história. Não é apenas a Igreja Católica e sim, qualquer religião pregada com demasiado fanatismo. A Igreja usa a seu favor a fé dos fies para moldar-lhe um pensamento, daí o censo social funde-se com a religiosidade tornando os seguidores pragmáticos e intolerantes. Perante a Igreja, todos os seres humanos são iguais, correto? Errado. Ao considerar o casamento gay, atentado ao pudor, nem todos são iguais perante a Deus. Ao dizer que os amam, mas não aceitam seus direitos, também se começa a desconsiderar um grupo - universal- de seres humanos. E pior ainda, relatar coisas como “Temos o direito de demitir o trabalhador pela sua escolha sexual" é pior ainda.

Há tempos a relação entre seres do mesmo sexo é existente. Durante o período de Julio César (grande imperador romano) o Senado (casa de decisões políticas) era 'fechado' para grandes orgias, em maioria homens. Hoje, na Assembléia Legislativa vemos uma ex-atriz global discursando com milhares de argumentos não plausíveis sobre o Direito Gay. Qual a relação entre Homossexualismo e Pedofilia? "Orientação Sexual: Pedófilo". Bom, desde quando Pedofilia (crime) virou opção sexual? Pode-se alegar que PESSOAS cometeriam pedofilia e não apenas homossexuais. Os termos usados pela Deputada são torpes, quiçá de baixo calão, qualquer homossexual poderia denuncia - lá por pré-conceito. Não se pode julgar uma pessoa pela sua orientação sexual. Os heterossexuais não perdem seus direitos ao aprovarem uma lei de OFICIALIZAÇÃO do casamento gay. É como dizer que perdemos espaço nos ônibus, por colocaram piso rebaixado para os cadeirantes. Bobagem!

A sociedade moderna vê um conflito gritante: Se todos são iguais perante a lei, por que tende ser oficializado o casamento e direitos homossexuais? A sociedade deveria entender que os homossexuais não são um grupo excluído ou inserido no convívio social. Mas sim, como seres humanos, iguais perante a lei. Entretanto por causa dessa miscigenação de pensamentos arcaicos, a necessidade de oficializar se faz presente, tanto para diminuir a intolerância quanto para a felicidade de um grupo tão extenso como este. A liberdade não será ferida porque homens casam-se com homens ou mulheres com mulheres, será feriada por esse preconceito sem limites, a falta de respeito, a violência articulada e esse pensamento burguês regido por homílias ou sermões.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mergulhados em erros - Part2

Dezembro, Janeiro, Fevereiro. Meses do Verão. Meses em que o calor abaixo do trópico aumenta, causando evaporação das águas pluviais, oceânicas e qualquer lugar onde esteja armazenado um pouquinho d'água. A história da evaporação, dá água que vai para as nuvens já é conhecida; e mais conhecida ainda são as inudações que vem atormentando os meses quente do hemisfério sul.

Desde a década de 60, onde o crescimento populacional inflanciou e as cidades começaram a ser tomadas por migrantes nordestinos e milhares de imigrantes de lugares distintos do mundo, percebe-se que as inundações estão aí, batendo em nossas portas -literalmente. A cidade de São Paulo não é conhecida como a terra da garoa, por simples apelido. A 'garoa' que caía por aqui, agora esbraveja não deixando a desejar pela quantidade de milímetros que chovem por dia. Mas isto continua a não ser novidade para os Paulistanos. E se aplica também a outras regiões do Brasil que estão sendo castigadas pela chuva exagerada, pórem prevista.




Marginal Tiête 1960

Adeus ano velho, feliz ano novo. Entra ano e saí ano. E quem já não sabe das "águas de março fechando o verão"? Tom e Elis cantavam divinamente a canção que retrata o que passamos hoje. O presente de ano-novo que todos já esperam é exatamente este. Pessoas morrendo, lugares cobertos de água e a população enviando doações a lugares que deveriam estar fora das áreas de alagamento.

A culpa dos desastres deve cair nas costas da população ou do Governo? Eis, que ambos deveriam tomar nota do caos que estão ajudando a gerar. O Governo e povo deveriam entender que as chuvas sempre estarão presentes nesta época do ano e compreender também de que lugares onde  a água sobe muito devem ser desocupados. Assim por estarmos numa Democracia o povo deveria ter um pouquinho mais de voz ativa e não esperar que a água invada sua morada para cobrar dos políticos alguma solução. E o Governo, por sua vez e por obrigação, ouvir e dar crédito - seja financeiro, quanto moral- a tais pessoas. Se tentarmos resolver o problema antes que ele -já que pode ser previsto- aconteça; a probabilidade de que o caos se intensifique é bem menor. Ao invés da transferência de dinheiro ilegal para empresas privadas e contas na Suíça.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mergulhados em erros - Part1

 [ O Pessoal Irracional volta após um hiato não esperado, volta com um 'especial' em Três partes do caos que é decorrente deste mês]

Como podemos explicar as manifestações da natureza? Como explicaremos a responsabilidade social de cada cidadão? E a responsabilidade do Governo sobre acontecimentos que acontecem todos os anos.

As enchentes são movimentos naturais que acontecem em rios, lagos, córregos devido a abundância de chuvas. Podem e são reversíveis, pois só há enchentes quando o leito do rio transborda por causa do grande nível de água. Por outro lado, há os alagamentos, que são causados por entupimento de lixos nos bueiros ou irregularidade no território construído. Enchentes vem trazendo caos as cidades com frequência e hoje já não se pode mais culpar apenas o fenômeno da natureza: a chuva.

A maioria dos rios no Brasil foram canalizados, ou seja, tirados de seu estado natural. E já não se pode nem cogitar a ideia de tanto lixo nestes rios. Mas e se não houvessem canalizado o rio? Sim, a Ingleterra é banhada pelo famoso Rio Tâmisa, que também já foi poluído e que também transborda. Entretanto isto acontece com menos frequência na terra dos Lords, pelo simples motivo de que as curvas originais do Tâmisa continua por lá. A ideia de canalizar os rios deveria ser modificada pelo Brasil, assim como já foi/está em processo em muitos lugares do mundo. A canalização leva o aumento da velocidade da água e a ocupação irregular da borda dos rios. Uma das ideias mais indicadas é ao invés do dinheiro gasto com as canalizações, usá-lo para retirar o esgoto in natura que a maioria dos rios apresenta, assim também diminuindo a poluição nas águas.

Os alagamentos exigem um pouco mais do que apenas mudanças no sistema do Governo, exige que sejam feitas modificações drásticas e até, quem sabe, punição aqueles que ainda insistam em jogar o lixo pela rua, nos bueiros e em lugares irregulares. Conscietização para aqueles que vão até as emissoras de TV chorando sobre suas casas lotadas de água; antes deveriam pensar em quanto lixo foi descartado em lugares incorretos e que favoreceu na inundação de sua casa. O que vemos pela TV hoje é a situação mais deprimente de uma sociedade. Um sociedade que não aprendeu a dividir com a natureza o que já era dela, que não aprendeu a cultivar o espaço onde se vive e que fundamentalmente não aprendeu uma Lei da Física que pode muito bem ter relação com a vida "Toda ação tem uma reação".

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os reis do iê iê iê


Notoriamente quando falamos dos britânicos queridinhos do mundo devemos ter cuidado. Obviamente há aqueles que não vão muito com a fachada dos Beatles, enquanto há outros que defendam com unhas, dentes e fatos. O que tenho a dizer a quem não gosta muito do inglesinhos, é que além do som devemos olhar um pouquinho a mudança de atitude do quarteto durante um dos períodos de mais tensão no mundo (A Guerra Fria). Inicialmente os Beatles atendiam a um público apaixonado, as mulheres e a letras que não tinham conteúdo critico; em outras palavras, eram mais uma banda capaz de arrastar multidões com letrars de amor. Entretanto, não se pode entrar para história e ter um legado apenas com isto. A mudança de postura frente a Guerra foi importante para a carreira dos Garotos de Liverpool e não menos importante o movimento hippie, a espiritualidade, as diferenças da Guerra trouxe ao Beatles um dos álbuns mais aclamados e lotados de críticas sobre o Sistema, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Apartir daí, vemos a postura perante a Guerra e o pensamento de libertação mundana. Isto, fez com que fossem a Banda da História. Só nos resta a pergunta: É o meio quem determina um homem ou o homem quem muda o meio?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

In the sky with diamonds

 "Existem todas as possibilidade, a mais absoluta liberdade de escolha. Como em um livro, onde cada letra permanece para sempre na página, mas o que muda é a própria consciência que escolhe o que ler e o que deixar de lado."  - Richard Bach

A diferença faz a igualdade. Habitualmente eu iria corrigir está frase com alguma Teoria da Conspiração, porém desta vez, concordo plenamente com a ela Ou melhor, diria que a diferença faz as pessoas mais fortes e iguais em momentos específicos, fazendo com que a contrariedade não mude, mas cesse e tornemos mais flexíveis.


Diversidade entre pessoas, faz com que a vida se torne menos chata. Não pense que estou indo contra meus princípios, afinal acredito que nunca há apenas um ponto de vista sobre assuntos. Isto é apenas, uma ressalva. Enfim, quando me refiro a palavra diferença não interajo com os possíveis entendimentos: diferença econômica ou classial. E sim, a aparência. Compartilho dos ideias de quem diz que a aparência não importa. E a verdade mesmo, não se gosta das pessoas porque elas tem determinado cor de cabelo ou olhos. Vejamos além. Impossível dizer se segue determinada ideologia pelo seu rosto. A fala e o poder de raciocino que nos foi dado é o meio utilizado para 'conhecermos' alguém. Naturalmente alguém discorde e muitas vezes, o exagero de aparência, faz com que julguemos alguém. Vivemos em uma sociedade assim, que vive de mostrar o que deve ser correto e ditar leis de como se vestir, se portar e - mesmo que não acreditemos- conversar com os amigos. Ao não fazer nada disso, você é transgressor.

A liberdade de escolha fez com que pessoas distintas interajam entre si, formem laços e lidem muito bem com as diferenças. Não é que isso fuja a regra, o 'ser uma exceção' acabou virando coletividade e isto nos tornou mais forte. A ambivalência é imensamente difundida hoje e muitas vezes fez com que pessoas que não mudariam de pensamento, tornem-se flexíveis e 'raciocinantes'. É de equivalência dizer que seguir determinado regime não o impede de afeiçoar-se a outros e tentar - em aspectos- querer realiza-lo. Pensemos que a vida só existe por tal liberdade que nos difere geneticamente, que nos fez evoluir, que nos fez muito mais humanos capazes de realizar pecados;tais inexistentes naqueles em que dizem que fomos inspirados, os Deuses. A pluralidade humana pode nos ajudar a olhar um mundo cada vez mais estranho, onde os fracos e oprimidos não podem sair dessa definição e o inverso de realidade também não. Este fato nos mostra o quanto ainda somos pequenos diante dos problemas economicos e sociais, mas não menos importantes na questão humanitária.


Pregar o amor, a paz, um mundo novo, pensamentos novos não foi apenas manifestação dos hippies durante a Guerra Fria e sim de um mundo inteiro. Uma coletividade que desejava se divertir sem manipulações, ser rebelde ou até mesmo manter o cabelo centímetros mais compridos. A expressão "Carpe Diem" do poema de Homero, descreve que ultimamente essas não-ideologias ainda existem e faz com que as pessoas não estejam presas a um tipo de ideologia, seja de produção em massa, cacção a pensamentos diferenciados, estagnização de camadas sociais e entre milhares de outras. Viver livremente trouxe outro sentindo para a raça humana e talvez é um dos sentidos mais adotados hoje. Retirar sua redoma e deixar com o meio externo entre em contato com o interno, tomando conta dos movimentos involuntários.

Talvez voar seja o símbolo de liberdade, porque no céu não há rédeas, enquanto a terra tem raízes, o fogo perde chama, a água tem seus perigos; o céu, apenas tem nuvens, brisas e uma cor azul interminável.